Um tema muito importante para os
diabéticos são os exames que eles devem fazer para diagnosticar a doença e aqueles que ajudam a controlar a glicemia do sangue.
Quando há a suspeita de diabetes, ou mesmo em um exame de rotina, é importante sempre fazer o teste glicemia de jejum. Esse exame consiste em medir a glicose do
sangue do paciente, sendo necessário o jejum de 8 a 12 horas, preferencialmente de manhã pois é quando o corpo estará voltando do repouso.
Abaixo tem uma tabela comparando os resultados e o possível diagnóstico:
GLICEMIA
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DIAGNÓSTICO
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70-99 mg/dl
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Normal
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100-125 mg/dl
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Glicemia em jejum inapropriada
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Acima de 126 mg/dl
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Se esse resultado se repetir em 2 exames seguidos o diabetes
se confirma
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Acima de 140 mg/dl
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Se apresentar esse resultado no primeiro exame se confirma
o diabetes
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Outro teste muito importante é o teste oral de tolerância a glicose. Ele
funciona assim: um paciente em jejum ingere 75 g de glicose diluída e, duas
horas depois um novo exame de glicose é feito. Abaixo tem uma tabela comparando
os resultados e os possíveis diagnósticos.
GLICEMIA
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DIAGNÓSTICO
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Menor de 140 mg/dl
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Normal
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140-199 mg/dl
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Pré-Diabetes
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Acima de 200 mg/dl
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Diabetes
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Um exame muito importante para os
pacientes já diagnosticados com diabetes é o teste de glicemia capilar, que é muito utilizado para controlar
diariamente os níveis de açúcar no sangue e também para controlar as doses
utilizadas de insulina. Para um paciente com glicemia controlada é interessante
fazer esse teste de 2 a 3 vezes por semana. Já um paciente instável deve
controlar esse níveis antes das refeições e duas horas após para evitar
hiperglicemia e hipoglicemia.
Outros dois testes são feitos
através da urina. O primeiro é o teste
de glicosúria que indica a presença ou ausência de glicose na urina. Se o
paciente apresentar glicose na urina significa que ele tem pelo menos uma
glicemia de 180 mg/dl, o que prova que o controle não esta sendo feito. O segundo
exame é o teste de cetonúria que mede
a quantidade de corpos cetônicos na urina. O paciente que apresenta uma taxa
alta de cetonúria pode estar sofrendo de diabetes, pois os corpos cetônicos são
liberados pelo corpo humano quando a reserva de lipídios é utilizada, por
exemplo, quando a insulina não exerce sua função permitindo a entrada de glicose
nas células.
O último, e também muito
importante, é o teste de hemoglobina
glicada, popularmente conhecido como “teste dedo-duro”, pois ele indica
se o paciente vem controlando a glicemia nos últimos três meses. Ele funciona
assim: as hemácias do sangue possuem vida de aproximadamente de 3 meses e
dentro dela existe uma proteína chamada hemoglobina que possui a capacidade de
se ligar a açúcares, nesse caso a glicose, ou seja, quanto mais glicose mais
hemoglobina glicada. Esse teste serve como uma média da glicemia de três meses, por exemplo: se um paciente não faz dieta por 2 meses e no terceiro faz, sua glicose vai parecer controlada mas na verdade o exame de hemoglobina
glicada vai mostrar o que realmente aconteceu.
Uma curiosidade é que o teste de insulina pode servir como
indicador de pré diabetes nos casos do tipo 2, pois quanto mais glicose no
sangue mais insulina para garantir que a glicose entre nas células. Então, nesse
caso, a glicemia iria parecer normal pois estaria mascarada pelo funcionamento
da insulina e se não fosse feito o teste de insulina o diabetes seria
diagnosticado tardiamente ou até poderia ser evitado.
Bom espero que tenham
compreendido os métodos de diagnóstico e de controle do diabetes pois sem eles
a vida do diabético seria muito difícil.
#vamossalvarvidas, Ana Carolina Plá
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