domingo, 14 de julho de 2013

Exames

           Um tema muito importante para os diabéticos são os exames que eles devem fazer para diagnosticar a doença e aqueles que ajudam a controlar a glicemia do sangue.

Quando há a suspeita de diabetes, ou mesmo em um exame de rotina, é importante sempre fazer o teste glicemia de jejum. Esse exame consiste em medir a glicose do sangue do paciente, sendo necessário o jejum de 8 a 12 horas, preferencialmente de manhã pois é quando o corpo estará voltando do repouso. Abaixo tem uma tabela comparando os resultados e o possível diagnóstico:

   GLICEMIA
    DIAGNÓSTICO
70-99 mg/dl
Normal
100-125 mg/dl
Glicemia em jejum inapropriada
Acima de 126 mg/dl
Se esse resultado se repetir em 2 exames seguidos o diabetes se confirma
Acima de 140 mg/dl
Se apresentar esse resultado no primeiro exame se confirma o diabetes

Outro teste muito importante é o teste oral de tolerância a glicose. Ele funciona assim: um paciente em jejum ingere 75 g de glicose diluída e, duas horas depois um novo exame de glicose é feito. Abaixo tem uma tabela comparando os resultados e os possíveis diagnósticos.

    GLICEMIA
    DIAGNÓSTICO
Menor de 140 mg/dl
Normal
140-199 mg/dl
Pré-Diabetes
Acima de 200 mg/dl
Diabetes

            Um exame muito importante para os pacientes já diagnosticados com diabetes é o teste de glicemia capilar, que é muito utilizado para controlar diariamente os níveis de açúcar no sangue e também para controlar as doses utilizadas de insulina. Para um paciente com glicemia controlada é interessante fazer esse teste de 2 a 3 vezes por semana. Já um paciente instável deve controlar esse níveis antes das refeições e duas horas após para evitar hiperglicemia e hipoglicemia.
Outros dois testes são feitos através da urina. O primeiro é o teste de glicosúria que indica a presença ou ausência de glicose na urina. Se o paciente apresentar glicose na urina significa que ele tem pelo menos uma glicemia de 180 mg/dl, o que prova que o controle não esta sendo feito. O segundo exame é o teste de cetonúria que mede a quantidade de corpos cetônicos na urina. O paciente que apresenta uma taxa alta de cetonúria pode estar sofrendo de diabetes, pois os corpos cetônicos são liberados pelo corpo humano quando a reserva de lipídios é utilizada, por exemplo, quando a insulina não exerce sua função permitindo a entrada de glicose nas células.
O último, e também muito importante, é o teste de hemoglobina glicada, popularmente conhecido como “teste dedo-duro”, pois ele indica se o paciente vem controlando a glicemia nos últimos três meses. Ele funciona assim: as hemácias do sangue possuem vida de aproximadamente de 3 meses e dentro dela existe uma proteína chamada hemoglobina que possui a capacidade de se ligar a açúcares, nesse caso a glicose, ou seja, quanto mais glicose mais hemoglobina glicada. Esse teste serve como uma média da glicemia de três meses, por exemplo: se um paciente não faz dieta por 2 meses e no terceiro faz, sua glicose vai parecer controlada mas na verdade o exame de hemoglobina glicada vai mostrar o que realmente aconteceu.
Uma curiosidade é que o teste de insulina pode servir como indicador de pré diabetes nos casos do tipo 2, pois quanto mais glicose no sangue mais insulina para garantir que a glicose entre nas células. Então, nesse caso, a glicemia iria parecer normal pois estaria mascarada pelo funcionamento da insulina e se não fosse feito o teste de insulina o diabetes seria diagnosticado tardiamente ou até poderia ser evitado.
Bom espero que tenham compreendido os métodos de diagnóstico e de controle do diabetes pois sem eles a vida do diabético seria muito difícil.

                                                                                                    #vamossalvarvidas, Ana Carolina Plá



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